Brasil, será que ainda tem jeito?

Compreender o presente é quase sempre a chave para projetarmos um futuro através de dados socioeconômicos e também com base em decisões tomadas pelos políticos no que diz a respeito do país.     Vamos ver um breve histórico da economia e do avanço social do Brasil.

Entre os governos de Fernando Color (1990 - 1992), Itamar Franco (1992 - 1995) e Fernando Henrrique Cardoso (1995 - 2003) o Brasil iniciou um processo chamado ABERTURA ECONÔMICA, mas o que é essa tal abertura econômica? Em uma explicação bastante simples, a abertura econômica é quando um país abre suas portas para receber produtos de outros países e também poder exportar à outras nações , produtos, principalmente industrializados. No ano de 1994 foi criado a nossa atual moeda, o Real, que
depois de anos de inflação (aumento generalizado de preços seja ele mensal ou anual), conseguiu derrubar a inflação, valorizar a moeda e torná-la uma moeda forte como é nos dias de hoje, tudo isso graça às políticas econômicas como a implementação do CÂMBIO FLUTUANTE, no qual as transações comerciais entre países podem ser feitas sem o controle do governo, isso permitiu total inserção do Real na bolsa de valores, o que atraiu investidores e com um sistema financeiro mais forte a reputação do país subiu no mundo financeiro e fora dele também, ou seja, com o câmbio flutuante, o valor do Real em relação as outras moedas passa a ser definido através da demanda e oferta no mercado, o que não ocorria com o câmbio fixo, no qual o governo escolhia o valor de outras moedas em relação ao real, foi assim até 1999.

Posteriormente, já com uma economia mais organizada o governo iniciou dois processos importantes, o de pagamento da dívida externa (a divida que o Brasil tem com o Fundo Monetário Internacional). Na verdade ela não está paga, ela ainda existe, porém o Brasil possui uma reserva internacional que possui mais dinheiro que o valor da dívida, então ela está considerada zerada. E também o governo investiu em programas de redistribuição monetária, pois o Brasil possuía (e ainda possui) concentração renda, ou seja, pessoas muito ricas e pessoas muito pobres, muitas vezes vivendo lado a lado, caracterizando um quadro de desigualdade social. Foram criados programas econômicos como Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsas, Bolsas e mais Bolsas, o que está proporcionando a milhões de famílias um dinheiro a mais para comprar comida, material escolar ou investir em um negócio próprio, embora particularmente acho que esse tipo de programa causa uma dependência do governo, o que não é positivo.

Ipanema, bairro de classe alta do Rio de Janeiro com o m² mais
caro do país.
 Desde então, com esse processo de consolidação da economia, uma gama de empresas chegaram ao nosso país atraídos pela onda de crescimento da economia, vendo o Brasil como um grande potencial de mercado consumidor, produzindo riquezas e empregos e como consequência a diminuição do desemprego da população. 
Comunidade carente no Brasil, lugares onde se vive sem
saneamento básico e conforto com alto risco de doenças
devido o esgoto à céu aberto.
Assistimos então, a um crescimento da classe média no país, um aumento no poder de compra das famílias, inclusive das favelas, os anos médios de estudo do brasileiro subiu de 2,6 anos em 1980 para 7,2 anos em 2012, mesmo assim ainda estamos abaixo de outros países da América Latina. Dados internacionais comprovam que o Brasil foi um dos países que mais se desenvolveram de 1990 para cá, o nosso IDH, Índice de Desenvolvimento Humano (Um conjunto de dados expressos em números que vão de 0 a 1 e que medem o desenvolvimento das nações), subiu de 0,590 em 1990, para 0,730 em 2012, sendo que quanto mais perto de 1, o país é mais desenvolvido.

Para um país ser considerado desenvolvido deve possuir IDH acima de 0,800, na América Latina já temos dois países nessa categoria que são Chile e Argentina. Segundo o PNUD (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento) o Brasil é o 12° país que mais conseguiu se desenvolver entre 1990 e 2012.

Somos a sétima economia mundial, porém ainda sofremos muito com a desigualdade social, a pobreza ainda é alarmante. Poderíamos ser melhores? Sem dúvida sim. Se ainda estamos com vários problemas sociais é culpa de um governo falho e com muita corrupção. Avançamos pouco a pouco em um penoso caminho e o mérito é do povo brasileiro, que mesmo com tanta exploração consegue aos poucos superar suas dificuldades.

A minha opinião é que, para conseguirmos ser uma nação de primeiro mundo no futuro, deveria sem duvida haver diminuição drástica dos impostos, desenvolvimento urbanístico do interior (levar saneamento básico aos lugares não atendidos), reforma e construção de estradas, investir em mobilidade urbana, desenvolver uma malha ferroviária interligando o país (para possibilitar transporte das safras da agricultura, minério de ferro entre outros produtos), combate à violência nos municípios e sem dúvida o investimento mais importante deles: A EDUCAÇÃO. Somente com a educação da população conseguiremos progredir, pois como todos sabemos, uma pessoa preparada consegue um emprego melhor, e com um emprego melhor, conquista um melhor salário e condições melhores de vida e isso seria bom para ambas as partes; para o governo, que teria seus índices sociais sem dúvidas elevados, como consequência o estado gastaria menos em programas sociais e lucraria, pois com a população especializada e produzindo riquezas, aumenta a quantidade de dinheiro que o país tem. E por outro lado a população, que teria uma vida mais justa, e estável, podendo conquistar seus objetivos e podendo investir em educação para seus filhos, para cada geração o país e as famílias progredirem cada vez mais. E você, o que acha que deve ser feito para que o Brasil seja um país melhor?

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